FEHOESC se posiciona sobre pedido de urgência sobre projeto de lei do piso da enfermagem
O presidente da FEHOESC, Giovani Nascimento, voltou a reafirmar nesta quinta-feira, 17 de março, que a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos dos Serviços de Saúde de SC, não é contra a valorização dos profissionais da enfermagem, muito pelo contrário, o que preocupa a entidade é que o reajuste do piso salarial irá causar um ônus muito grande na folha de pagamento das instituições, e com isso muitos hospitais não terão como honrar seus compromissos. “Estamos lutando para que o governo que é o tomador da despesa nos explique de onde virão os recursos para que possamos continuar a atender a população brasileira, sem esse aporte a saúde financeira das entidades ficará comprometida”, afirma Giovani Nascimento.
Um levantamento realizado pela entidade junto aos hospitais associados revelou que, caso o novo piso para a enfermagem seja aprovado, o impacto financeiro chegará próximo dos 500 milhões de reais a mais por ano nas folhas de pagamento das instituições privadas e filantrópicas em Santa Catarina. A rede no estado é predominantemente formada por hospitais beneficentes e filantrópicos, geridos por entidades religiosas ou por associações e membros da sociedade civil, responsável por 70% dos atendimentos SUS no estado. A baixa remuneração dos valores pagos pelos serviços prestados aos usuários do SUS, faz com que os hospitais dependem de verbas de emendas, para o custeio das atividades, situação que tende a piorar se o projeto for aprovado.
O presidente da Câmara dos Deputados confirmou que o pedido de urgência para aprovação do projeto de lei que institui o piso salarial da enfermagem será votado na sessão extraordinária na próxima terça-feira, dia 22 de março. O Projeto de Lei 2564/20, do Senado, institui um piso salarial nacional para profissionais da saúde que vai de R$ 2.375 a R$ 4.750.