Programa Jovem Aprendiz inicia mais diverso na CGT Eletrosul
A CGT Eletrosul recebeu uma palestra com Marcos Piangers, marcando a abertura do Ciclo 2023 do Programa Jovem Aprendiz. A iniciativa tem como objetivo promover a inclusão social de jovens por meio da qualificação profissional. Neste ciclo, foram oferecidas 35 vagas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Paraná, com cursos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
A CGT Eletrosul assegura seu compromisso com os direitos humanos, por isso a seleção dos aprendizes buscou ampliar a diversidade étnico-racial, de gênero, e a inclusão de pessoas com deficiência (PCD).
O evento, promovido pelo Departamento de Gestão de Pessoas em conjunto com o Comitê de Gênero, Raça e Diversidade, teve início com uma declaração de Bruna Martins, gerente do Departamento, que ressaltou a importância dos colegas que assumem a missão de serem supervisores dos jovens, contribuindo para seu desenvolvimento profissional e pessoal. Sua fala foi seguida pelo depoimento de Jackson Pereira, engenheiro ambiental e ex-estagiário do Departamento de Gestão Ambiental e Fundiária, contanto sobre sua experiência profissional e na CGT Eletrosul.
“Quando entrei na empresa, todas as minhas capacidades ainda não eram conhecidas. Nessa situação, você pode ficar ocioso, ou pode demonstrar seu conhecimento e valor. Por isso, aprendizes, sejam proativos, e supervisores, não subestimem um Jovem Aprendiz com deficiência”, destacou Jackson Pereira.
No encontro, o palestrante Marcos Piangers relembrou algumas memórias marcantes de sua trajetória. O autor do best-seller “O Papai é Pop” que virou filme com Lázaro Ramos e Paolla Oliveira, é também filho de Eloisa Piangers, mãe solteira e empregada aposentada da CGT Eletrosul, onde atuou por 20 anos. Na época, o pequeno Marcos visitava com frequência a mãe na empresa, brincando pelos corredores: “Era quase o meu quintal”, conta.
Futuro do Trabalho
Analisando as tendências do mundo do trabalho, o palestrante traçou caminhos do desenvolvimento tecnológico: se antes as máquinas substituíam a capacidade braçal do ser humano, hoje, funções cognitivas e criativas também podem ser executadas por robôs. Arte e poesia agora são criadas por máquinas, a exemplo de softwares como ChatGPT e Midjourney. Entretanto, Piangers tem a convicção de que “apenas uma profissão não será substituída: aquela que é feita apaixonadamente”.
Para ele, o futuro do trabalho vai ser mais tecnológico, mas vai exigir do ser humano um comportamento mais sensível. O maior desafio do profissional do futuro será não perder “a capacidade de se manter criativo, comunicativo, colaborativo e empático”.
Diversidade, Inclusão e Eficiência
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Identidades do Brasil (ID.BR) mensurou o impacto da diversidade no mercado de trabalho. O estudo aponta que para cada 10% de aumento na diversidade étnico-racial, houve um aumento de quase 4% na produtividade; ampliando em 10% a diversidade de gênero, o acréscimo na produtividade corporativa foi de quase 5%.
Marcos Piangers, embasado pelos estudos de Frances Frei, professora de Tecnologia e Gestão de Operações da Harvard Business School, estimulou a reflexão sobre como podemos criar ambientes onde organizações e pessoas possam construir confiança e prosperar de forma sustentável.
O palestrante defende o avanço do paradigma de políticas empresariais de proteção contra assédio e outras violações de direitos, para uma cultura de celebração da diversidade. Ou seja, para além da segurança psicológica, é essencial que se criem ambientes de trabalho que estimulem a participação autêntica de indivíduos mais diversos. Piangers afirma que essa é a receita para a consolidação de cultura corporativa mais criativa, mais inovadora, e mais confiável para todos.